LABIRINTO

LABIRINTO

Preso no labirinto

Segue inconsciente

Cercado de vasos sanguíneos

Que procuram escapar

Da rede de neurônios perdidos

Chora, grita mas ninguém ouve

Apenas em seus ouvidos ecoam

As súplicas não atendidas

Não há ninguém a sua volta

Que consiga apontar-lhe saídas

Prisioneiro de si mesmo

Caminha a esmo

Pelos corredores cada vez mais estreitos

E pela escuridão de seus pensamentos

A luz no labirinto é tênue

A bruma espessa

A debilidade avança

Não há esperança

Que não morra

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 16/08/2018
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