Fresta da porta

Quantas vezes olhei na fresta da porta

Pra ver se a luz acendia ao avisar

Que você chegou

E trouxe essa dor

Que sempre sentimos quando não sentimos

Uns aos outros trantando como se fossemos

Poucos e tolos

Risonhos e bobos

Cadê, aquela inocência?

Cadê aquele sorriso de meretriz?

Que eu sempre quis?

Mais do que fiz pra mim?

Os olhos famintos

De quem ainda não viu

O rosto puro ouro rindo

Invadindo pedindo um ombro amigo

Você me faz esperar

Não faz diferente daquilo que acredito

Na frente de casa esperando chegar

Adriano de Lima
Enviado por Adriano de Lima em 15/08/2018
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