Fresta da porta
Quantas vezes olhei na fresta da porta
Pra ver se a luz acendia ao avisar
Que você chegou
E trouxe essa dor
Que sempre sentimos quando não sentimos
Uns aos outros trantando como se fossemos
Poucos e tolos
Risonhos e bobos
Cadê, aquela inocência?
Cadê aquele sorriso de meretriz?
Que eu sempre quis?
Mais do que fiz pra mim?
Os olhos famintos
De quem ainda não viu
O rosto puro ouro rindo
Invadindo pedindo um ombro amigo
Você me faz esperar
Não faz diferente daquilo que acredito
Na frente de casa esperando chegar