À beira da estrada
Tudo sombrio
Tudo vazio
Parece não existir nada.
Além da brisa que meu copro alisa
À beira da estrada.
Vou tão sozinho
Nem ouço um passarinho
Cantar.
Mesmo assim não desisto
Nesse pomar insisto
Em caminhar.
Tudo sombrio
Tudo vazio
Parece não existir nada.
Caminho
Sempre sozinho
À beira da estrada.
Nem coaxa um sapo
Nem ouço um 'taco'
Dum galhinho quebrar
O vento lento
E meu pensamento
Em chegar.
Chegar onde?
Se nem sei pra onde
Vou.
Sem destino
como peregrino
Vou.
Grilos não ouço cantar
Nem as folhagens a balançar
Com o vento.
Mesmo assim não desisto
A caminhar insisto
Estrada à dentro.
Tudo sombrio
Tudo vazio
Parece não existir nada.
Caminho
Sozinho
À beira da estrada.
Quando chegarei?
Onde chegarei/
Não sei!
Mas hei de chegar
Em algum lugar
Hei!...
Nesse Lugar
A felicidade estará
Eu sei.
Se estiver
Haja o que houver
Lá ficarei.
Por enquanto
Vou no encanto
Dessa estrada.
A qual caminho
Sozinho
Mais nada...
Tudo sombrio
Tudo vazio
Parece não existir nada.
Continho...
Sozinho
À beira da estrada.