ROTINA MALDITA

Escura manhã a esperar o Sol levantar,

na zoada programada contra ouvidos...

ouvidos doentes, tristes por não falar,

que chamam os olhos mudos e metidos.

Rotina maldita, livro censurado,

escrito no viver do proletariado;

trechos de humanismo dilacerado,

fartos em sonhos vis do ser acabado.

Cotidiano ruim, lixo de tantos povos,

agressão materializada de novos...

novatos loucos, pelos donos do mundo.

Repressão dura por poucos defendida,

frustração bandida, a perda do Criador,

a morte de todo ente trabalhador.

Salvador, 07.01.2002.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 15/08/2018
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