EU, DUALIDADE

Talvez me encontre no porto

Dessa minha insanidade

Talvez me encontre tão preso

Nessa sua outra metade.

Sou a tua dualidade infinita

Um poeta tão rude com o amor

Sou tua luz e a tua escuridão

Teu sublime sorriso, tua dor.

Sou a flor do campo que te encanta

O oásis em teus dias de deserto

Sou chuva torrencial a céu aberto.

Se me queres decifrar eu sou um livro

Preso em sílabas, cela atroz da liberdade

Sou o símbolo dual da humanidade.

Joel Marinho