COMO NÃO POSSO

Como não posso

Mudar o mundo

Construo minha ponte

De ser moribundo.

Calo minha voz

Neste tempo algoz

Como não posso

Transformar uma verdade

Recuo inerte

Como um covarde

Integro meu agora

E caminho sem hora.

Como não posso

Agir como quero

Encontro em mim

O que não espero

E na insignificância

Sou a ignorância.

Como não posso

Responder ao moderno

Caminho sem rumo

Sem ponto externo

E na incapacidade

Sou a subjetividade.

Como não posso

Ser alguém atuante

Paro por aqui

Sendo estressante

E vejo seu pensamento

Condenando este momento.

NEUZA DRUMOND
Enviado por NEUZA DRUMOND em 13/08/2018
Código do texto: T6417783
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