COMO NÃO POSSO
Como não posso
Mudar o mundo
Construo minha ponte
De ser moribundo.
Calo minha voz
Neste tempo algoz
Como não posso
Transformar uma verdade
Recuo inerte
Como um covarde
Integro meu agora
E caminho sem hora.
Como não posso
Agir como quero
Encontro em mim
O que não espero
E na insignificância
Sou a ignorância.
Como não posso
Responder ao moderno
Caminho sem rumo
Sem ponto externo
E na incapacidade
Sou a subjetividade.
Como não posso
Ser alguém atuante
Paro por aqui
Sendo estressante
E vejo seu pensamento
Condenando este momento.