AMOR DIFERENTE
O amor faz de dois,
apenas um:
duas metades desiguais
integradas ad nutum.
Aceitar o outro desigual,
livre em seu lebensraum,
é a nossa prova, afinal.
O amor morre no sobrecomum.
Ser diferente faz a diferença.
Ego sum qui sum
- marca do outro - é sua presença ,
per saecula saeculorum.
Amamos o que é diferente
e nos completa, confronta.
Mas isso amedronta...
E queremos o espelho da gente...
O conflito aparece.
Amamos o diferente
mas queremos fazê-lo igual.
E quando isto acontece...
o amor chega ao seu final.