Eu precipício
O estalo de seus dedos
Propagando o som no escuro,
A difusão de seus medos,
Abrindo as portas para o inferno do futuro
Sozinha nesse mundo assustador
Se dissolvendo no mar
Gritando por socorro cheia de pudor; Asas frágeis que não são capazes de voar
Passos que te levam ao chão
A culpa sobre a sua cabeça
A inegável dor da solidão,
As cartas foram jogadas na mesa
Se quisesse amar,
Teria que apagar todos os fragmentos,
Mas preferem se afogar,
No espaço-tempo de seus pensamentos
A refração da cor de teus olhos,
Sobre o meu olhar monótono,
Me mostravam teus sentimentos insólitos,
Negros, cor de ódio.
Eu precipício,
Profundo e escuro,
Você um abismo,
Meu ombro, meu mundo.