LETARGIA
A Penumbra do quarto
O silêncio imperativo
E o obstinado desejo
Em manter a distância
De um calendário , obriga-me
A não querer amanhecer
Minhas lembranças
E as várias tentativas
De meu corpo marmóreo
Em sobreviver as emoções
Não me permite saber
O que escrever
Talvez ...
Eu esteja aqui
A tecer minha franqueza ,
A coragem,
E reconhecer que ser fraco
Também pode ter a sua glória !
A Penumbra do quarto ,
O silêncio imperativo !
E o obstinado desejo
Em não encontrar um culpado
Este silêncio ...
Representa quase tudo o que sempre desejei proteger
Eu já não tenho forças !
E o que vejo é muito diferente
Do que enxergo sob a luz
Assim como o que escuto
Não são as coisas que ouço
Nas canções que não compus ...
Lá fora ...
As crianças gritam suas alegrias !
Em minha roda gigante
Filmes em quadros
Na pouca luz do quarto
Já não há um desejo
E o meu corpo marmóreo
Desta vez não pode culpar você