Eu não tenho título pra isso... (É sério, eu não sei o que é isso...)

Amor voou pra longe...

E o menino brinca de bola

é o destino dos astronautas da Terra...

Uns voam num horizonte sem por do sol...

O amor pode ser chamado de Fênix?

O desejo à flor da pele esmigalha a alma...

E anjos brincam de cartas num baralho sujo.

É no pecado que os deuses são adorados na fornalha do tempo...

Quando vou ver a verdade das estrelas?

Donde dançam as fadas no bailar das mentiras...

É o fim do mundo... É a canção da improvável canção torpe.

Moças nuas atrás de lugares obscuros pelo enfado diário?

Eu que estou na encruzilhada da tristeza... Num oceano salgado?

Lutando contra o Dragão de oito cabeças... Eu venci meu destino?!...

Em dimensões cabais eu sofro a ação dos cigarros.

.., e navego na desgraça de azares do honroso fim...

Pequena tempestade de milhões de Áspides e um Urso cego,

lutando na dádiva da vida e um beijo entre areias da praia...

.., morto estou e sofro a decapitação das ideologias mundanas?

.., eu que entre magias ergo o naufrágio das trevas poéticas...

Estou numa ventania de turbadas ideias da vida simplória,

como enganar as guerras da minha destruição?

Como travar um duelo entre Pã e Hércules?

Se Pandora não para de transar com Hera!

Ó tristeza da vadia inspiração dos demônios embriagados...

Somos abelhas em busca da luxúria proibida de outro mel não nosso,

somos asteróides em colisão com as intemperanças afãs...

Neste oceano tão complexo... Onde Deus?

Neste oceano tão complexo... Onde humanos?

Neste oceano tão complexo.., misérias!

Sou o guerreiro eternamente ferido.., sou uma prisão ambulante...

Ó tempo, Ó vida, Ó solidão de amores meus felizes...

Dentre tantas pétalas o amor é duende de beleza horrenda...

Dentre tantas vidas são os homens que criam o destino...

.., onde vai os poetas descansarem das suas íntimas lágrimas?

Ó tempo, Ó desejo de ultrapassar os quilômetros das apoteoses.

Navegarei na decidida ventania espiritual e nunca serei...

.., somos o tempo de deuses de pano com sangue nos nervos.

Eu que acreditei na beleza das estátuas gregas contemplo palhaçadas...

Sou o poeta das dimensões que à mim mesmo si revoltam.

Num coração de aventureiro existe o desejo,

nas mãos do escultor o mel da boca da virgem,

nos olhos o medo de tamanha vitória e paixão,

neste quarto de solidão somos ratos em pleno inverno,

escrevendo qualquer besteira nos debruçamos nas verdades ocultas,

somos um desejo inerte em planetas de zumbis,

queria andar de bicicleta em Júpiter, mas me falta sonhos concretos,

o destino é sagaz e morde com força o nosso pescoço,

em idas a Marte os homens sentiram saudade da Terra, e lágrimas,

dentre tantas perguntas você recusa a sua.., e depois vem prantos,

dentre os templos religiosos o desejo da íntima hipocrisia tratada,

eu estou me tratando da depressão, mas ninguém me impede o bom suicídio,

esse suicídio é o desejo mais honesto de um ser que viveu apenas,

milhões de prostitutas e prostitutos da fé vazio e comestível,

sou o sol, mas transarei com a Lua. Ó doce Lua de paixão perdida,

na esperança da quimera da decepção o Japão é meu sonhos...

.., sonhos azuis e vermelhos do sangue da decepção...

Eu sou tua ilusão..,

eu sou o astronauta da Lua,

e carrego nas mãos o universo de um belo beijo,

quando vai existir esperança pros ratos da quimera vadia do tempo?

Ó tempo, Ó vida.., espera ó poeta tua apoteoses no hálito do teu criar,

doidivanas é a estrela distante do sonho em trevas do Inferno...

Inferno.., inferno eu aclame tua vitória por pouco tempo meu...

Somos a dívida perdido do Dragão de oito cabeças,

pois a poesia é um dom que corrói a alma e maltrata o espírito,

sou a canção da despedida de Afrodite ao adultério da paixão por si,

quando o sol vai engolir as encarnações de Hermes?

Ó carreira que confunde os vadios ao clímax da eternidade...

Cantai Ó musa o começar apenas das tuas canções floreios da tempestade,

nunca o mar será de sangue, mas esse pensamento me permita,

eu que escrevendo os ensejos da vida sou tolo...

Sou tolo, sou um triste sopro, sou gafanhoto febril, sou tua carência...

Zombe deste idiota que quer ser poeta, mas ainda é virgem nas idéias,

eu sou tua sombra Apolo! Eu sou teu delírio Orfeu! Eu, tua ilusão Íris...

Nunca um poeta conheceu o orgasmo de Helena em pleno calor...

Pois a canção é eterna,

o poeta é um mísero início,

o sexo é a maldição do prazer,

e os anjos riem dos homens com seus dilemas,

mas Francesco Acácio é zombaria das sombras desconhecidas...

embevecidos é os querubins esses são fetos que ainda vão ler tudo isso!

Deixe a vida ditar suas regras... Ela é uma Deusa.

A poesia me embriagou..,

e o tempo me assedia!...

... Estou pronto, posso voar?!