Conforme o lamento

Ai de ti que me observa

Não sou objeto, sou afeto

Não sou dialeto, sou tradução.

Ai de mim que sem noção

Bebo o remédio sem ler a bula

Evitando ser ilha, mesmo sendo multidão.

Ai de ti que busca respostas

Foi amada? Já amou?

Afirmo-te que sou porto, nunca solidão.

Ai de mim que desarmada

Errei algumas estradas

Em vias de contramão

Ai de ti que me magoando

Nunca notará a luminescência

Que emana do meu coração.