Soneto da ALMA BEM AMADA

Soneto da ALMA BEM AMADA

Vendo morrer toda coisa animada,

quando a alma leve do corpo parte.

Eu sendo o corpo, tu a melhor parte.

Onde estás, Oh! alma bem-amada?

Nunca te deixarei tão sobressaltada,

para salvar-me depois, seria tarde.

Ah! Não coloques nada em tal arte,

junte a parte tua e metade estimada.

Mas vem amigo, seja bem cuidadoso

nesse reencontro de retorno amoroso,

junte-se comigo, mas sem muita dureza.

Sem o rigor de uma graça amigável,

que docemente teve a sua beleza,

antes muito cruel, agora foi favorável.

tancredo
Enviado por tancredo em 27/10/2005
Código do texto: T64134