Soneto da ALMA BEM AMADA
Soneto da ALMA BEM AMADA
Vendo morrer toda coisa animada,
quando a alma leve do corpo parte.
Eu sendo o corpo, tu a melhor parte.
Onde estás, Oh! alma bem-amada?
Nunca te deixarei tão sobressaltada,
para salvar-me depois, seria tarde.
Ah! Não coloques nada em tal arte,
junte a parte tua e metade estimada.
Mas vem amigo, seja bem cuidadoso
nesse reencontro de retorno amoroso,
junte-se comigo, mas sem muita dureza.
Sem o rigor de uma graça amigável,
que docemente teve a sua beleza,
antes muito cruel, agora foi favorável.