TELHADO
TELHADO
O telhado
Protege-me
Da chuva
Do sol
Mas priva-me
Do céu
As paredes
Protegem-me
Dos ventos
Do frio
Mas privam-me
Do horizonte
Protegido da natureza
Resta-me a prisão dos sentidos
O olhar que não vê
A pele que não arrepia
O aroma que não inebria
O toque que inexiste
O gosto sem gosto
Escondido no cárcere sem grades
Degrada-se a vida desde a mocidade