Letra
Sob a letra jaz o corpo
O módulo informe do caos
As velas das naus sombrias
A purificação da água
O ínfimo despetalar de rosas
A cor vazia do som
O disparate cartesiano
Em cada gesto um traço
Que não imita nem se
Apazigua com objeto fátuo
Fraco, exíguo do ser,
Do não-ser, o contrário
É impossível, não alude
Ao Espírito, apenas adensa
A falta de luz.
Às margens da noite,
A janela se abre para contemplar
A ausência mítica da rua.