TRABALHADOR
Coisa bem séria nesta vida tão agredida
pelo carrasco da agressão ao livre mundo,
envolto em profunda miséria ora sentida:
trabalhador – sim, resta–te agir, ir fundo!
Povo, qual recruta zero da sofreguidão,
tens só um ganha–pão por seres empenhado
neste trabalho nojento, triste exploração,
cara má da escravidão – estás enjaulado!?
Simples dor do ato da crueldade sofrida,
de práticos chefões da vontade mantida:
poder, berço mordaz do ódio e da maldade.
Mas na gente da fraternidade presumida
há a força do empregado de face sumida
há muito – já no seu caminho de liberdade!
Salvador, 07/01/2002.