silêncios
agita contra mim
a sombra e é púrpura
sua ausência
e caminha ao meu lado
um espelho
feito de rendas e mármore
imperfeito,
cadencio o canto
da partida
e quero cair em
em tantos solos
ferir-me por tantos dolos
quero trair a terra
já perdida
por tantos homens
de partida
e grito à ternura repartida
por tantas palmas já feridas
me deem às bocas
por sede traída
por cores pálidas e distraídas
porque prefiro os silêncios dos precipícios
a render-me em asas da despedida