Serei forte nas manobras das horas, mas não agora
Preciso escrever para mim mesmo o que não falaram de mim longe da alucinação. Um pensamento que desliza na frágil cadencia do instinto, sinto a manobra da fala de tantas duvidas , duvido que seja eu nessa forma que lisonjeia o nada.
Raro é estar sóbrio do mesmo dia, da mesma noite.
Caro é viver sombrio nas luzes que me conduzem e me levam onde nunca irei.
Serei forte na manobra das horas, mas não agora.
Estar sereno é coisa da noite, nunca foi para mim essa calmaria que dizem existir. Estarei extinto nesses dias de gloria tomando mais uma dose, sozinho, e quando enrolar a língua sem saber dizer seu nome, vai saber que é você. Corte esse silencio com os movimentos que ainda resta do corpo fora de si.
É isso que dá estar vivo, ter que contar da existência,
da insistência, da incoerência em ser você mesmo.
Serei forte nas manobras das horas, mas não agora