Verdes Pastos





Há tantos dedos podres em riste,
Há tantos pode, não pode,
Há tantos lobos devoradores em lãs "brancas" ,
Como há tantas ovelhas saindo do sul indo para o norte,
Estão sendo afugentadas do seu aprisco,
Arriscando suas peles, suas vidas,
Correndo de um lado para o outro, em perigo.
Ó Pastor Divino tão amado,
Nossos olhos estão esbugalhados,
Nossos corações, solitários,
Não queremos o sorriso frio,
Queremos o abraço que nos agasalhe,
Queremos morar no aconchego de um gesto,
No quente "doar-se" nesse rigoroso inverno,
Queremos o ombro amigo como caminho,
A mão como esteio,
É somente até que passe todo esse aperreio,
Depois,
Depois tudo será diferente,
No Teu aprisco estaremos,
De lá, não há quem nos tire,
Os dedos em riste, cairão,
Os perigos não existirão,
Nos verdes pastos moraremos.
Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 05/08/2018
Reeditado em 16/12/2020
Código do texto: T6410252
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