CALADA DA NOITE
CALADA DA NOITE
Na calada da noite
A poesia grita
Um grito inaudível
A corações de pedra
Que vivem na escuridão
De vidas obscuras
Sem amor sem paixão
O dia vai nascendo
Mas os horizontes não são claros
Há tanta dor ao derredor
Há tanto ódio destilando-se
Que o grito não ecoa
Nada mais se perdoa
E a poesia morre
Num papel cada vez mais desimportante
Sem perceptível doravante
Que ilumine mentes e caminhos
Que interiorizem menos rudeza
Mais beleza
Menos dor mais amor
E que façam surgir no papel
Novas grafias
Não mais sujas ou vazias
Excludentes e poentes
Em versos tristes e sem paz
Num mundo cada vez mais
Que aqui jaz
Precisando de ressurreição
Com nova feição
Mais poetas
Menos de caos profetas