Ignóbil

“Para o outro é mais fácil.

Para o outro ser, é.

Ao menos eu acho.

Eu acho que é.

É só se esforçar

E ignorar tudo.”

Alguns mentem

todos estes

ignóbeis

absurdos

para si

e ao abalado outro

até, enfim,

o absurdo

hediondo,

em frente,

surgir.

E então, lhes falta o ar,

e asfixiam, mudos:

“Para mim não é fácil.

Para mim, nunca é.

Isso eu não só acho:

Eu sei que é...”

É só (se) ignorar,

se esforçar muito?