À VOCÊ

Não vou lembrar do teu rosto

Das amargas palavras não lembrarei

Quero esquecer todo desgosto,

Do choro, mentiras...

Tudo esquecerei

Lavarei meu corpo já tão cansado

Nas amargas águas da solidão

Quero voltar como fênix alado

A mente límpida, o corpo intacto

Quero a certeza de não ter amado

Disse eu num estado infantil

Que te amaria por toda vida

Mas como amar algo tão senil,

Que dum amor puro riu-se um dia?

À outra darei as palavras

De amor regozijante, febril!

Cuidarei afável dos sonhos dela

Por uma noite, quiçá mil

Não se queixe da tua herança

Não cuidou do amor dado

Sequer bailou a feliz dança

Que bailam os eternos namorados

LUCIANO P SILVA
Enviado por LUCIANO P SILVA em 04/08/2018
Código do texto: T6408927
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