Meu dialeto

Não escrevo como falo

Mas falo do que escrevo:

Suavidade nas palavras,

Docilidade na alma

Às vezes, falo dos homens

Outras vezes falo de mim:

O porquê estou aqui

E não ali entre os anjos

Dos homens falo pouco

Por não saber o que querem:

Ora escolhem o bem

Ora escolhem o mal

Falo com a lua,

Falo com o mar que brame,

Mas não entendem meu dialeto,

Não entendem a língua dos homens

Muitas vezes falo pra Deus

Mas não me responde,

Será que Ele entende a língua dos homens?

Duvido que entenda…

Falo aos pássaros em minha poesia torta,

Falo às rosas do jardim dos meus amores,

Mas eles não entendem meu dialeto.

Meu Cravo se foi e nunca mais voltou

Será que não há nada ou ninguém que me entenda?

Homens, homens entendem meu dialeto,

Mas, as vezes desentendem,

Falo, falo e nada entendem

Iacoe Michaela
Enviado por Iacoe Michaela em 03/08/2018
Reeditado em 14/02/2019
Código do texto: T6408119
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.