ESPERANÇA
Pelo sim, pelo não, ficamos assim
A gente acredita na antiga canção
Entre tropeços e quedas, vamos em frente
O que empurra a gente, não se sabe não
Hábito ou teimosia, seguimos os trilhos
Como se o apito do trem entoasse um refrão
Pelo sim, pelo não, repetimos estribilhos
Que o tempo deixou lá pra trás
Tempos doloridos na busca da paz
Caídos tantos guerreiros na estrada
Pelo sim, pelo não, a gente se sente capaz
De retomar a esperança, quando não resta nada
Desbotaram as cores, pisaram em nosso jardim
Secaram as flores, nenhum perfume no ar
Pelo sim, pelo não, não custa nada cantar
Uma canção de acalanto, pra descansar enfim