A FOICE E A SÊDA
Bem, daí em diante
A estória era a que convinha
A mão de sêda era a minha
Na velha previsão delirante
Corria o silêncio entre as dores
O medo na boca da noite
Fazendo o dia afiar a foice
Talhando paixões, romances e amores
Sob a barba, passado e invenção
Santas batalhas vividas
Perversa paz preferida
No estrebilho da triste canção
Bem, daí enfim era o fim
De tudo que não começou
Do nada que a tudo inundou
Da sêda que havia em mim.