Tua presença

Tua voz embargada me assustou,

Ao ouvir teu pedido, tive medo

Uma sensação estranha de ter te perdido,

O coração gelou, chegou a boca.

Que voz hei de esperar se não a tua?

Que cheiro hei de sentir se não o teu?

De quem esperarei o abraço se te afastares de mim?

Há muito tempo o medo não habitou em mim,

As inverdades cuspidas de teus lábios

Fizeram-me rever algumas de minhas ações,

Mas o momento era importuno, tardio.

A tua sensibilidade oculta me atrai,

O teu riso frouxo é o que a todos cativa,

Mas em mim cabem apenas tua singularidade,

O modo como vives e tudo o que falas.

Respirar teu ar é uma dádiva,

Dividir o mesmo espaço é uma satisfação

ter tua companhia mesmo em ausência

É o quanto te quero por perto.

Gilson Azevedo
Enviado por Gilson Azevedo em 30/07/2018
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