A GAROTA MAIS IMPOSSÍVEL PARA UM MORTAL

Tenho por ti uma boa Morte

Essa é minha maldita Sorte

Mesmo que teu amor me tenha por Trote

Vou embora pro inferno ao Norte

Sei que o pecado meu que em ti não me Goste.

Tenho por ti a lascívia de Menina

Beijos de mel com framboesa que Alucina

Eu quero morrer por essa paixão num duelo à Briga

Mesmo sendo eu pobre e tu Rica

Eu vejo o Paraíso nos teus seios Ó Linda.

Esse amor bandido que tão em mim Impossível

Sendo eu maldito e coitado ser Varonil

Vou morrer de amor numa lua minguante de Abril

E essa tua lembrança em m'alma será por ti Vil

Sendo os prazeres desse amor um calmo Rio.

Ó pecado dos quintos dos infernos de Mulher

Quero beber teu corpo numa luxuosa colher

E viver o amor dos loucos insanos à Torcer

Eu por ti quero os diabos da malícia Vencer

E teu jeito meigo em mim gostosamente ti Perceber.

Doidivanas moça do assombro horrendo e Impossível

Que o sacro do amor me tens por reles e Insensível

Eu que mendigo no leito da paixão infernal à Invencível

Sou teu anjo e demônio do inflamado e Intangível

Eu por ti no submundo do pecar meu, sou gozo teu Insaciável.

Sou aquele que tem por ti o desejo de amar-te Ó Garota

Pecado dos sonhos em lívida e afrodisíaca fêmea Ostra

Nunca vou amar outras raparigas ou qualquer Outra

Ti tenho nesse festim de vendaval à delicada vida Louca

Pois você é a minha impossível a sacerdotisa venerável Moça.

Tenho por ti boa morte e mesmo nisto tenho medo e não Beleza

Esse poema é sete vezes meus suspiros e ais de ferida chaga de ti Ilesa

Termino essa poesia e vou dormir na grande e morna Tristeza

Esse é meu respirar Ó donzela as letras das sombras sem Realeza

Moça do meu pecado a bela e Impossível virgem inspiradora A maldita, Tereza.