SEDE DE TI
E como leigo dos seus beijos
Em auroras joviais
Aflora-me desejos
Duvidosos e surreais
Em minha sede desrregrada
Por seus lábios molhados
Com mente enxovalhada
De seus desfrutes empalhados
Jazido em estardalhaço
Aturdido e inebriado
Num suspiro por seus braços
Por seu corpo esfomeado
Com a noite sobre o peito
Entranhado por seu cheiro
Ansiando seu desrespeito
Em galope ligeiro
Enamorado incurável
Coração em pulso forte
Se tal desejo é execrável
Entregue a qualquer sorte
Viver com tal dor inenarrável
Que me fumine súbita morte
Kelver Orozimbo
12/06/2018