APOTEOSE
Como em delírio de flor surjo apoteótica
Na inerte manhã reversa
Filha do meu próprio ventre...
Entre um repente real
E o resto em possibilidades
Brinco de plantar belezas...
Encanto pássaros e abelhas
E longe do muro escudo
Permito a contemplação...
Aos passantes sem destinos
Esteja o sol posto ou à pino
A cantar a fiel canção...
Tempo escasso ou contratempo
Navegando contra o vento
Sempre banco o meu festim...
E ante o amanhã possível,
Ou lacuna entre a paisagem
Não pago ágio nem grito...
Por capricho o chão rabisco...
Planto ao rastro o que se deu...
Um pouco do que fui eu...