Introspecção, prospecção, descoberta
Introspecção, prospecção, descoberta
Às divagações que sou acometido
Pleno de solidão e contentamento
Relendo meu destino e minhas memórias
Tal qual ninguém jamais ousou fazer outrora
Divago em minha introspecção
Descubro minhas dores latentes
Pungentes e que clamam soluções
Projeto em uma ânsia louca, uma saída
Prospecto diferentes caminhos
Todos culminados em uma sombria choupana
No meio de lugar nenhum
Com uma mesa
Um bom vinho para beber
Talvez alguns poemas tristes
E que façam retomar minhas primeiras divagações
Sobre coisa alguma
Sobre ninguém
Sobre o Nada
E descubro que há mais em mim
Há mais do que jamais soube ver
E descubro ainda mais
Que jamais saberei
Dado a minha parca filosofia
Definir-me em algo
Pois sou algo diferente do que fui
E serei algo diferente do que sou
Neste ciclo infinito de refazimento
Sou um aquém, sou além
Sou humano!
Eduardo Benetti