Ao Luar
Cai à noite sobre às casas,
e também sobre os muros.
E cobre-os com tuas negras asas,
incertos de nós os futuros.
Na estrada que palmilhas estes passos,
solitários cantam os corações.
Ao luar angustiados,
suas dores num vergel de solidões.
Florescem flores suntuosas, de etéreas
cores, e suavilíssimas fragrâncias.
Que nos lembram oh! Sidéreas
às estrelas, e puríssima a infância.
Neste céu, vão os sonhos a voarem,
silentes como estes que aqui choram...
Ao vê-los tristemente se tornarem,
apenas ilusões quando retornam.