As Palavras São Minhas
As palavras são minhas!
Eu as coloco onde quiser...
No abismo mais profundo,
Pra lá do fim do mundo,
São nuas ou enfeitadas,
Falando tudo ou falando nada...
As palavras são minhas!
Eu as coloco onde quiser...
São como uma febre louca,
Partiram da minha boca,
Mas vieram do meu peito,
Não há um outro jeito...
As palavras são minhas!
Eu as coloco onde quiser...
Em feitio de uma oração,
Sujas como um palavrão,
Complicadas de entender
Ou as mais simples de ler...
As palavras são minhas!
Eu as coloco onde quiser...
Numa panela de feitiço,
Rabisco sem compromisso,
Estavam fora dos planos,
Mas isso foi há muitos anos...
(Extraído do livro "Rubianan Decide" de autoria de Carlinhos de Almeida).