CONFIDÊNCIA DE LUZIA CARRARA

“E eu que nem a lua vermelha

consegui da minha janela ver...”

Afirmou para mim Luzia Carrara.

Na mesma hora levantei a sobrancelha

E falei em alto e ótimo som: para! Para!

Luzia, minha amiga, como isso foi acontecer?

Será que você esqueceu o horário do eclipse lunar?

Será que do seu prédio tinha outro prédio a tampar

Sua visão de onde o eclipse lua acontecia?

Será que você tinha algo na sua vista como alergia,

Irritação ocular, olho seco e não usou um colírio...

Ou achou que lua vermelha fosse um delírio

Advindo de gente que não tem nada o que fazer?

O certo mesmo é Luzia conseguiu o eclipse perder.

E agora José? Diria para você o poeta Drummond.

E agora Luzia? Digo eu O Filho da Poetisa.

Só daqui cem anos ocorrerá um eclipse igual .

Para resolver tal caso, reencarnação seria um macete bom,

Outro é ver várias fotos da lua vermelha que a internet viraliza,

Ou então - devido à confidência - virar musa deste poema casual.

O FILHO DA POETISA

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 28/07/2018
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