SAUDADE
(Socrates Di Lima)

Saudade é uma janela,
por onde olhamos o ontem,
é lembrar os amigos,
que um dia se foram,
e perderam o abrigo,
daqueles que ficaram.
Saudade é uma benção,
para aqueles que amaram,
para os que longe ficaram,
distantes de outro coração.
Saudade é a esperança,
de ter nos braços o passado,
Um amor la da infância,
o primeiro  na vida enterrado.
Saudade de um pai que partiu,
de uma mãe que foi junto de repente,
de um filho ou filha que cedo fugiu,
dos braços e abraços da gente.
Saudade de uma namorada,
de uma amante perigosa,
talvez do companheiro que foi embora,
ou da companheira tão gostosa,,
maravilhosa,
que pelas ondas da vida,
distraída,
perdeu-se nas curvas sinuosas.
Saudade é uma cançao que a gente ouve,
e volta a um instante tão distante,
de um momento gostoso e vibrante,
que o tempo absorve,
e deixa a gente exctenuante.
Saudade da faculdade,
dos amigos que pareciam eternos,
das bebedeiras, das fugidas,
dos medos depois de uma camisinha furada,
de um momento antigo de verdade,
até mesmo fraternos,
de dores e feridas,
que nunca fica cicatrizada.
Saudade é assim,
uma coisa tão boa que se viveu
e está dentro de alguém,
e também de mim...
Que tenha tantos porquês,
Mas que aconteceu,
e nunca vai ter fim.
Saudade é como um passarinho,
na chuva sozinho,
se lembrando da passarinha,
que ficou sozinha,
num passado qualquer,
como uma linda mulher,
que um dia se foi,
num carro de boi,
e tudo se acabou,
quando  o tempo o amor levou.
 
 
 
 
 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 27/07/2018
Reeditado em 27/07/2018
Código do texto: T6402116
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