O ACASO
Gosto do acaso
Do inesperado acaso
Dos encontros dos olhares
Que desejam despir a alma
Um do outro
Gosto do olhar olho no olho
De desconcertar a alma
Que chega arrepiar todo pelo
Da pele, frio na epiderme da alma
Gosto do acaso olho no olho
Desconhecidos sem nomes
Disfarce, um olha pro chão
Outro olha pro teto querendo o céu
Desconcertante timidez
Mas gosto do atrevimento
Do voyeurismo secreto, oculto
Desconectar da terra
Conectar o paraíso perdido
Gosto do acaso
Dos encontros dos olhares
Tímidos um do outro
Mas que irresistivelmente
Se atraem como um imã
Seu olhar por acaso
Chama meus desejos ocultos
Que por sua vez,
Chama minha fértil imaginação
Quero encontrar teu olhar
Num dia qualquer de sol
Para meus olhos sorrirem
Deixar o acaso acontecer