O ACASO

Gosto do acaso

Do inesperado acaso

Dos encontros dos olhares

Que desejam despir a alma

Um do outro

Gosto do olhar olho no olho

De desconcertar a alma

Que chega arrepiar todo pelo

Da pele, frio na epiderme da alma

Gosto do acaso olho no olho

Desconhecidos sem nomes

Disfarce, um olha pro chão

Outro olha pro teto querendo o céu

Desconcertante timidez

Mas gosto do atrevimento

Do voyeurismo secreto, oculto

Desconectar da terra

Conectar o paraíso perdido

Gosto do acaso

Dos encontros dos olhares

Tímidos um do outro

Mas que irresistivelmente

Se atraem como um imã

Seu olhar por acaso

Chama meus desejos ocultos

Que por sua vez,

Chama minha fértil imaginação

Quero encontrar teu olhar

Num dia qualquer de sol

Para meus olhos sorrirem

Deixar o acaso acontecer

Jô Pessanha
Enviado por Jô Pessanha em 27/07/2018
Código do texto: T6401977
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.