Abismo das Dores
Infinito, ser-te este mundo, infinito
de cerúleos sonhos, e tristes mazelas.
Pobreza no espírito,
oh, e também nas vielas.
Nas casas escuras doentes imploram,
os que viram à fé, se apagar como um círio...
Esperam, resistem e oram,
ó morte, livrai-nos de todos martírios.
O homem no abismo das dores, caíste
num lodo medonho de assombros...
E quando nas trevas os olhos abriste,
seu mundo, o viste, assim nos escombros.