São espelhos inocentes, [ às vezes ],
quando se banham em águas frescas e cristalinas
e não ouvem os veios de lavas incandescentes
Quando, à paisagem íntima, não se deram ao estímulo das asas
e sua animalidade cantante ainda não ferve silêncios
 
Diria que não me estendo por muito nesse mundo natural...
 
Gosto dos espelhos " incendiários ",
sem origem etimológica nem caminhos construídos
Gosto da pele febril à concepção da palavra,
das mãos mergulhadas em carvão em brasa,
e gosto, mais que tudo, do domínio selvagem
do gozo, alucinadamente ao fascínio do fogo !








DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 25/07/2018
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