EU QUIS TE FAZER UM VERSO
Eu quis te fazer um verso
Igual a tantos que te fiz
Com perfume de alecrim.
Veio a bomba, infeliz bola de fogo,
Sem sirene para esconder-me no porão,
Antes do estrago vermelho e quente.
O que tentei em verso
Transformou-se em Letras escorridas
Uma a uma sem sentido.
Vogais e consoantes mudas,
Longos riscos ininterruptos
Em cada face exposta.
Morri em mim,
Não te dei o ramo de alecrim.
Dalva Molina Mansano