Mil e uma noites

Já se passaram uma noite

Ou mil uma noites

No triste quarto de açoite

O quarto inerentes

Só visitado pela bela lua

Querida amante

Que dentro de mim influa

Uma dor alarmante

Que jogo em versos íntimos

Escritos na solidão

Tristes esses desejos ilegítimos

Da minha escuridão

Sonhei mais que eu deveria

Pensei em tanta coisa

Que perdi toda a minha estéria

De pensar em ser coisa

Hoje virei mais um paranoico

Por parar de sonhar

Sinto como fosse um estoico

A se envergonhar

Com o passado triste e narciso

Com a divisa do tudo

Com a incoerência do preciso

Hoje tudo virou pseudo

Oque me resta nessa triste vida

É escrever mil e uma noites

Escrever a angustia dessa duvida

E destruir todos os limites.

Luis Alladin
Enviado por Luis Alladin em 25/07/2018
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