Cidade Amarga
Há tempo não chove
E as casas acumulam
Poeira em seus cantos
Há tempo não choram
E os olhos acumulam
Saudades em suas beiras
Há tempo não amam
E os braços desacumulam
Abraços de outros corpos
Há tempo não vivem
E a vida passa acumulada de
Imensos vazios de sentidos.
Milton Oliveira
23jul/2018