Espectro do passado
O passado, essa corrente que se arrasta
E disfarça o presente a viver
Amarrada, sua cabeça te perturba
E o seu olhos perdem o foco e a atenção
Tantas coisas já vividas, e ainda pensadas
Em nada mudadas, e a insistência enlouquece
E entristece cada vez mais nosso momento
Onde é confuso o sentimento de viver
E esse conflito do ser com o acontecer
Só diminui a distância dos inimigos
Esses perigos do sonhar e do querer
Tão solitárias são as nossas profundas dúvidas
E tão aflito é o desejo de saber
E olhar pro passado, sem pensar certo ou errado
É impossível se aceitar e prosseguir...
Nas horas mais inconvenientes, aquele arrebate
À um momento que nos sentimos excremento
Varridos da consciência, todo o bom sentimento
Acaso que traz sempre o passado, nas visões
Alimentas ao suspiro das nossa piores aflições