Numa vaga chuva
As banalidades da vida entronizam
molhadas à tarde chuvosa -
que refrescantes gotas e as
nuvens rosnam poesia.
Mais um cara? Sou eu esfaimado
péssimo no improviso esfolado
na vala solta de tentativas de
ser algo maior... O cachorro
sonha, chicoteando o ar que puxo,
assumo assustado o relâmpago
gordo, mas de fina alvura grossa.
O que o animal pensa eu deixo
no caminho. Mordidinhas aceito
bem melhor que a penumbra do
choro. Não sei.
Mas o dedilhado na guitarra
introduz a paz cuidada
em toques criados e selados nas
cartas queimadas por velas
da ardência humana.