Numa vaga chuva

As banalidades da vida entronizam

molhadas à tarde chuvosa -

que refrescantes gotas e as

nuvens rosnam poesia.

Mais um cara? Sou eu esfaimado

péssimo no improviso esfolado

na vala solta de tentativas de

ser algo maior... O cachorro

sonha, chicoteando o ar que puxo,

assumo assustado o relâmpago

gordo, mas de fina alvura grossa.

O que o animal pensa eu deixo

no caminho. Mordidinhas aceito

bem melhor que a penumbra do

choro. Não sei.

Mas o dedilhado na guitarra

introduz a paz cuidada

em toques criados e selados nas

cartas queimadas por velas

da ardência humana.

André SS
Enviado por André SS em 22/07/2018
Código do texto: T6397307
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