Pré–consciência

Noturno tormento cenário repetido

Surge aquele rosto, e a mesma voz

Morte em vida em sonho entorpecido

De um passado enterrado, um sentimento atroz

Janela e gatilho, que move e mata

Sem disparo ou aviso, vem angustia letal

De culpa preenche a consciência sensata

Não há festa ou folga nem mesmo natal

Nas estrelas oníricas, letras de solidão

Onde até o céu limpo, transmuta em inferno

E são vivos fantasmas, ocultos, da escuridão

Incompleta a existência e falso o eterno.

Eternos de fato nós éramos, hoje desconhecidos

Somos lembranças, de amor único, real

Finados, príncipe e princesa, heróis caídos

Morte no acordar implacável e fatal

Giovanni Possamai
Enviado por Giovanni Possamai em 21/07/2018
Código do texto: T6396590
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