Pré–consciência
Noturno tormento cenário repetido
Surge aquele rosto, e a mesma voz
Morte em vida em sonho entorpecido
De um passado enterrado, um sentimento atroz
Janela e gatilho, que move e mata
Sem disparo ou aviso, vem angustia letal
De culpa preenche a consciência sensata
Não há festa ou folga nem mesmo natal
Nas estrelas oníricas, letras de solidão
Onde até o céu limpo, transmuta em inferno
E são vivos fantasmas, ocultos, da escuridão
Incompleta a existência e falso o eterno.
Eternos de fato nós éramos, hoje desconhecidos
Somos lembranças, de amor único, real
Finados, príncipe e princesa, heróis caídos
Morte no acordar implacável e fatal