CHUVA DE QUIMERAS

Ah, chuva em meus anseios...

A lambê-los...

Em gotas que me banham os cansaços,

suores, sonhos mudos,

meus apelos

com líquidos cristais

em estilhaços...

Prometes reverter-me os desmazelos

que partem perspectivas

em pedaços...

Lavar-me as esperanças

com desvelo...

Polir em tua prata

os planos baços...

Ah, chuva de quimeras borbulhantes,

me cura os medos débeis,

claudicantes!

Liberta-me!

Dilata minha estrada...

Mas, chuva de quimeras,

me iludiste!

Traidora,

pouco a pouco,

tu baniste

as minhas esperanças

na enxurrada.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 21/07/2018
Código do texto: T6395947
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