POR UM ÚNICO BEIJO ROUBADO (SILVIA SEMPRE E SEMPRE)
Novamente é setembro
Novamente primavera
Lembro-me das flores
Lembro-me das rosas amarelas.
Revejo tua imagem tão bela
Teus cabelos eram dourados
Curtos encaracolados
Teus olhos bem azulados
Que iguais não mais eu vi
Teu perfume eu senti
Teu rosto tão delicado
Seus lábios sempre rosados
Tua estatura pequena
Tão meiga e sempre serena.
Tua pele era tão alva
Aqui faço uma resalva
A lua te enciumou
Com tua cor ela ficou
Não mais a vi, não mais verei
Professora de Ciências
Tinhas tantas paciências
Ensinava e eu aprendia
No passar de cada dia
Mexia com meu coração
Aumentava está paixão
E o tempo foi passando
Em dois anos eu me formando
Concluído o meu curso
Não poder impor recurso
E a vida nos afastou
Eu me fui você ficou.
Apesar de tempos e distância
Sempre tive a esperança
De um dia te encontrar
Num dia que eu estava triste
Deste que em toda vida existe
E nem se sabe por que
Foi assim que vim saber.
Do passeio a Bahia
Se eu soubesse evitaria
Não deixava acontecer
Em gozo de tuas férias
Tu vieste a falecer.
Muito tarde vim saber.
Não te esqueço podes crer
Ainda penso comigo
Este foi o meu castigo
Por um beijo que roubei?
Pergunto-me, mas não sei
Por um beijo, que roubado
Sendo eu o maior culpado
Devia ser eu sepultado
Pois não me destes permissão .
Setembro de lua cheia
Minha alma se esvazia
Eu componho esta poesia
Só pensando em você.
Nem em meu Deus mais acredito
Pois não ouve este meu grito
Que por um beijo roubado
Que não foi grande pecado
Ele a tirou levou de mim
Em nossa história pôs um fim
Por um beijo que roubei
Ainda pago. Não a apagarei.
(arnor milton)