BAILADO
Minhas ilusões
enamoradas
sorriam às singelas
descobertas,
douravam minhas ânsias
mais incertas
em banhos de solares
madrugadas.
Minhas ilusões
apaixonadas
faziam desatentos
meus alertas,
portas e janelas
bem abertas
às tantas ventanias
desvairadas.
E eu, feito bailarino
ensandecido,
pairando, aos passos leves,
distraído,
não via que rodava em
planos tortos.
Rodava e me envolvia
e me entrançava...
Todo amarrado em sedas,
eu bailava...
Até cair, exausto, em
sonhos mortos.