BAILADO

Minhas ilusões

enamoradas

sorriam às singelas

descobertas,

douravam minhas ânsias

mais incertas

em banhos de solares

madrugadas.

Minhas ilusões

apaixonadas

faziam desatentos

meus alertas,

portas e janelas

bem abertas

às tantas ventanias

desvairadas.

E eu, feito bailarino

ensandecido,

pairando, aos passos leves,

distraído,

não via que rodava em

planos tortos.

Rodava e me envolvia

e me entrançava...

Todo amarrado em sedas,

eu bailava...

Até cair, exausto, em

sonhos mortos.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 20/07/2018
Código do texto: T6394986
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