Agosto de 2006
Entre sentimentos e saudades
Inconsoláveis mágoas, que em meu coração
Insistem em me trazer à vida
Perdem-se partes de mim a cada dia
Que algum poema de Rimbaud, talvez
Adeus sonhos, que me venha a realidade
Céu estrelado, o mesmo onde Beethoven
Compôs suas sinfonias
Podre mundo
Alegre mundo
Em seus prantos e euforias
Há festejos lá fora, na mesma democracia
Onde já não há paz
E a mesma cidade dos meus anos continua a mesma
Desligo o mundo por fim, para que me esqueça
Para que permaneça vívido
Para que não desperte à mentira, e não desista
Quando já se passaram os tempos de luta
Onde só resta a calma e a agonia
E cantarei a liberdade, embora sem valor nenhum
Pelas mesmas ruas onde outrora desejei ser grande
Pela primeira vez