Deixa pra lá
Meu refluxo espiritual abarca
as cinzas da hora corruptível.
Lambujem e mais qualquer ideia
abandonada. Flagrei a luz do
medo nos lençóis da loucura dos dias.
Vexame da abelha com seu mel
à procura de uma pele boa para
picar. A carne rósea da laranja
sorve com puro desdém para que
capítulos me virem com mais
interesse, já que não quero a
petrificação no estorricado cimento.
A fatal beberrona na piscina fina
apreciando doces ensolarados.
Gatuna, linda vem ver o talento
de algo que já não sabes, mas
pousa aqui na minha mão
de fracasso em luxo.
A arte me escapa, torra no chão.
Quase artista e um copo cheio
de não.
O espetáculo vai começar. Fujo...
Fileira de prece para um desconhecido.
Cancelo a carta.