RANÇOS
Destila queixas como quem sofresse
De lucidez já terminal, sem cura,
Janela alguma a despertar os longes
De ausência estanque em densa carnadura
Rancores adestrados indo e vindo
A cada espanto matinal, felinos
Menos cretinos que os falsos amigos
Por avatares, bares e cantares
Fermenta uns ranços mal dissimulados
Nas prosas do banal, sem mais candura
Que a réstia nômade do que foi riso
E agora é quase o grego esgar do trágico
.
Destila queixas como quem sofresse
De lucidez já terminal, sem cura,
Janela alguma a despertar os longes
De ausência estanque em densa carnadura
Rancores adestrados indo e vindo
A cada espanto matinal, felinos
Menos cretinos que os falsos amigos
Por avatares, bares e cantares
Fermenta uns ranços mal dissimulados
Nas prosas do banal, sem mais candura
Que a réstia nômade do que foi riso
E agora é quase o grego esgar do trágico
.