RANÇOS


Destila queixas como quem sofresse
De lucidez já terminal, sem cura,
Janela alguma a despertar os longes
De ausência estanque em densa carnadura

Rancores adestrados indo e vindo
A cada espanto matinal, felinos
Menos cretinos que os falsos amigos
Por avatares, bares e cantares

Fermenta uns ranços mal dissimulados
Nas prosas do banal, sem mais candura
Que a réstia nômade do que foi riso
E agora é quase o grego esgar do trágico

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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 19/07/2018
Código do texto: T6394648
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