BUSCA INSANA
Afinal também de louco
Sei que sou e não é pouco
Neste mundo desvairado
Ainda venho procurando
Procurando por Inês
Que o tempo não desfez
Continuo procurando
Continuo me enganando
Corações, outros haverão?
Como de Isolda e Tristão
Na procura irreal
De uma história tão igual.
Ás vezes, em Julieta eu penso
Não haverá mais algo intenso
Como havia antigamente
Ou são estórias somente
Que alguém inteligente
Um dia as publicou
E sem saber perpetuou.
As Dalilas se encontram
E não há nisso alguma afronta
No que estou a escrever
As Dalilas ainda hoje
Continuam a viver.
Se havia uma só Inês
Me pergunto outra vez
Porque é que fui nascer?
(arnor milton)