PARA ONDE FOI O AMOR

Ele ainda faz em mim

Ninhos de outrora

Mas eu sou agora

Ovos que já goraram

Filhos que jamais nascerão

Porque morreram

Numa estrada onde fomos

Perdendo-nos aos poucos

E agora me vejo

Naquelas nuvens

Que o vento empurrou

Para lugares longínquos

Será que ficaste cego

Dentro da tua própria ignorância

Ou fui eu quem cruelmente

Fui te matando aos poucos

Dentro deste ventre seco?

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18.07.18

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 18/07/2018
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